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O papa Francisco voltou a apelar nesta segunda-feira (29) pelo fim do conflito no Oriente Médio, defendendo uma solução de dois Estados

‘Não há paz sem solução de 2 Estados’, alerta Papa sobre Gaza

O papa Francisco voltou a apelar nesta segunda-feira (29) pelo fim do conflito no Oriente Médio, defendendo uma solução de dois Estados, e destacou a necessidade um cessar-fogo “global”

O argentino afirmou que a guerra entre Israel e o grupo fundamentalista islâmico Hamas, iniciada em 7 de outubro, está se ampliando dramaticamente. “É urgente um cessar fogo global: não estamos percebendo, ou fingindo não ver que estamos à beira do abismo”, alertou o Papa.

Na entrevista ao vaticanista Domenico Agasso, Jorge Bergoglio disse temer acima de tudo uma “escalada militar”. Mas ao mesmo tempo está “cultivando um pouco de esperança neste momento, porque estão sendo realizadas reuniões confidenciais para tentar chegar a um acordo”.

Para ele, uma trégua no conflito que provocou mais de 26 mil mortes até agora “já seria um bom resultado”

No que diz respeito ao papel mediador da Igreja, Francisco destacou que “uma figura crucial é o cardeal Pierbattista Pizzaballa, Patriarca Latino de Jerusalém. “Ele é ótimo. Está a avançar bem”.

Já em relação à guerra entre Rússia e Ucrânia, o religioso elogiou a atuação de seu enviado especial, o cardeal Matteo Zuppi, presidente da Conferência Episcopal Italiana (CEI). Ele “está a implementar um trabalho diplomático constante e paciente para colocar de lado os conflitos e construir uma atmosfera de reconciliação”.

Além disso, o Santo Padre voltou a convidar todos a rezar pela paz e indicar o diálogo como único caminho. Assim, pede para “parar imediatamente as bombas e os mísseis” e colocar fim às atitudes hostis em todos os lugares.

Desde o início da guerra no Oriente Médio, em 7 de outubro, Jorge Bergoglio tem se pronunciado semanalmente pedindo por paz na região. Ele chegou a conversar com o presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, para destacar a urgência de promover assistência humanitária e um cessar-fogo.

Sobre o conflito entre Rússia e Ucrânia, ele tentou se envolver pessoalmente em mediações entre as partes, mas encontrou resistência nos dois países e acabou designando Zuppi para tentar encontrar brechas para o diálogo em Moscou e Kiev.