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Pesquisa mostrou que os profissionais de RH, incluindo os líderes, não se sentem seguros quando o assunto é ter oratório em público

FALAR EM PÚBLICO: Os 5 fundamentos da boa oratória

Grande parte dos profissionais do RH tem medo de falar em público e não confia em sua oratória, apesar de essa ser uma habilidade essencial

Uma pesquisa realizada incluindo os líderes, disseram que não se sentem seguros quando o assunto é ter oratória. Dos profissionais que foram ouvidos, 55% se consideram oradores regulares, 30% se acham ruins e apenas 14% acreditam que são excelentes oradores.O mapeamento levou em consideração diferentes níveis hierárquicos, de assistente e analistas até coordenadores e diretores. Apenas 16% dos entrevistados que ocupavam cargos de chefia se consideravam bons ou excelentes na hora de se expressar verbalmente.

Ao serem convidados para uma apresentação no trabalho, ao menos 45% dos RHs disseram que tendem a se esquivar do convite — ou aceitam, mas se sentindo desconfortáveis. Esse, inclusive, é um medo comum para muita gente. Segundo um estudo do jornal britânico Sunday Times feito em 2015, 41% das pessoas têm medo de falar em público — número que supera até mesmo o do medo da morte.

1. Autoconhecimento

“A oratória não é apenas o que falamos, mas como falamos. Comunicação é conexão, é transmitir uma história, emoção. Quando você compreende o seu estilo por meio do autoconhecimento, pode direcionar melhor sua linguagem, gerir suas emoções e direcionar o que espera de resultado ao público.

Tudo em você envia uma mensagem. Mas o  primeiro passo é aprimorar sua consciência corporal e autopercepção. Assim para tal, faça um raio-x da sua postura, do tom de voz, da respiração. Algumas sacadas são pedir feedback para as pessoas, gravar suas apresentações ou até mesmo treinar sua fala gravando pelo celular, seja por vídeo, seja por áudio.

Com isso, você pode mapear os pontos de ajuste e colocar em prática as melhorias. O pulo do gato é a prática, pois muito do que comunicamos vai além da fala, incluindo a comunicação não verbal como o gestual do corpo e a voz.”

2. Respiração

“A oratória é um conjunto de conteúdo, corpo e voz. O ar é o combustível da fala, e a respiração é o motor. Desenvolver a sua inteligência emocional, com a gestão das emoções, é uma forma de nomear o que sente no momento da apresentação, por exemplo. Se você conhece o problema, pode geri-lo. Outra ferramenta é o uso das pausas durante sua fala. Ela é essencial nas transições, para que você consiga elaborar melhor sua condução, dar tempo para o ouvinte absorver todas as informações e gerar conexão. A oratória precisa ser envolvente, e não monótona.”

3. Postura 

“A consciência corporal é tão importante quanto o conteúdo e a fala. Todavia, os elementos corporais apoiam de forma significativa na absorção do conteúdo, para que o ouvinte se conecte contigo. Mas observe sua postura no espelho, grave sua apresentação para avaliar seus movimentos. Note, também, quanto você utiliza o espaço, caso sua apresentação seja presencial, ou o excesso de movimentação das mãos no online. O nervosismo, por exemplo, pode gerar agitação corporal e tirar o foco da sua narrativa.”

4. Voz

“Encontrar a entonação correta vai deixar seu público à vontade para receber a mensagem da maneira que você espera. O público espera ritmo, dinamismo, e não algo monótono, sem emoção. Portanto, oscile sua energia, entonação, coloque sentimentos para conectar os exemplos da sua fala. Perceba quando precisa empolgar as pessoas ou trazer uma pegada mais séria e utilize a entonação a seu favor. Dê ênfase às palavras e aos pontos que precisam de destaque para dar um toque especial na sua narrativa.”

5. Conteúdo

“As pessoas se conectam a histórias com autenticidade. Para isso, prepare sua narrativa. Para montar um bom conteúdo, avalie qual público vai receber esta mensagem. Um ponto chave é desenvolver momentos de conexão com a sua história. Portanto, tenha clareza de qual será seu objetivo da fala e crie o roteiro que leve para esse resultado esperado.”