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Apagão acontece em um momento particularmente difícil para a empresa

Mark Zuckerberg pede desculpas pelo apagão desta segunda-feira (4)

Bilhões de pessoas se viram sem as ferramentas de rede social das quais dependem para manter contato com amigos e familiares

“Desculpem pela interrupção de hoje, eu sei o quanto vocês dependem de nossos serviços para ficarem conectados com as pessoas de quem gostam”, afirmou o bilionário em postagem no Facebook depois que o serviço foi restabelecido, após o apagão.

Zuckerberg pediu desculpas depois que um problema técnico interno deixou o Facebook, Facebook Messenger, Whatsapp e Instagram fora do ar por volta das 13h (horário de Brasília) na segunda-feira (4).

As tentativas para restabelecer o acesso às plataformas acabaram sendo bem-sucedidas por volta das 19h (horário de Brasília).

Mas é provável que o episódio aumente o debate sobre o alcance do gigante das redes sociais. Por exemplo, bilhões de pessoas se viram sem as ferramentas de rede social das quais dependem para manter contato com amigos e familiares. Outros teriam descoberto que não conseguiam acessar certos serviços que exigiam um login do Facebook.

Empresas no mundo todo que utilizam as redes sociais para se conectar com os clientes, se depararam com a perspectiva de um impacto financeiro inesperado.

Acredita-se que o próprio Zuckerberg, tenha perdido cerca de US$ 6 bilhões de sua fortuna pessoal em determinado momento. Ou seja, quando as ações do Facebook despencaram, de acordo com o software de rastreamento do site de negócios Fortune.

Cerca de 10,6 milhões de problemas ocorrem no Brasil e no mundo

A plataforma Downdetector, que monitora falhas em sites e serviços, informou que cerca de 10,6 milhões de problemas ocorreram em todo o mundo. Isto é, o maior número já registrado anteriormente.

No fim do dia, o Facebook informou que ficou offline por uma alteração de configuração incorreta. Que, aliás, não só impactou os sites e aplicativos, como também afetou as ferramentas internas da empresa.

Entre estas ferramentas, estão o e-mail interno do Facebook e até mesmo o crachá de trabalho dos funcionários.

Alguns relatos sugerem que a sede do Facebook estava tendo um “colapso”. Inclusive “as pessoas que tentavam descobrir qual era o problema” não conseguiam acessar o prédio, segundo Sheera Frenkel, repórter de tecnologia do New York Times.

O New York Times informou que a solução do problema finalmente aconteceu depois que um grupo conseguiu entrar em um data center da Califórnia e reiniciar os servidores. A empresa não confirmou a informação.

Impactos do Apagão

O Facebook disse que está trabalhando para entender o que aconteceu para que possa tornar sua “infraestrutura mais resiliente”. A companhia disse que “não há evidências de que os dados dos usuários tenham sido comprometidos”.

O apagão aconteceu em um momento particularmente difícil para a empresa, enquanto se encontra cada vez mais sob pressão em relação a seu alcance e impacto na sociedade.

No domingo, a ex-funcionária do Facebook Frances Haugen, responsável por uma série de vazamentos bombásticos da empresa, disse em entrevista à rede americana CBS que a companhia priorizou o “crescimento em detrimento da segurança”.

Nesta terça-feira (05/10), ela vai prestar depoimento a uma subcomissão do Senado americano em uma audiência intitulada “Protegendo as Crianças Online”. Trata-se de uma pesquisa da empresa sobre o efeito do Instagram na saúde mental de jovens usuários.

Ft: bbc