Rússia e Ucrânia: Caso a contraofensiva ucraniana seja bem sucedida “não haveria outra solução” a não ser fazer uso do arsenal nuclear, disse o ex-presidente russo
A Rússia reforça a ideia de usar armas nucleares se a contraofensiva da Ucrânia for bem-sucedida, afirmou o vice-presidente do Conselho de Segurança russo e também deputado Dmitry Medvedev. Esta é uma das mais recentes de uma série de ameaças nucleares feitas durante a invasão de Moscou ao território ucraniano.
“Imaginem que a ofensiva…em conjunto com a Otan [Organização do Tratado do Atlântico Norte], deu certo e acabou com a retirada de parte do nosso território. Então teríamos que usar armas nucleares em virtude das estipulações do Decreto Presidencial Russo”, disse Medvedev, vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia, em uma postagem no Telegram.
“Simplesmente não haveria outra solução”, acrescentou o ex-presidente russo. “Nossos inimigos devem rezar a nossos combatentes para que não permitam que o mundo seja destruído por chamas nucleares.”
Rússia poderia potencialmente perder a guerra após quase 18 meses de desgaste
Medvedev, presidente da Rússia de 2008 a 2012, adotou um tom mais belicoso durante a invasão de Moscou à Ucrânia. Desse modo, levantou seguidas vezes, o espectro de um possível conflito nuclear.
Todavia em abril deste ano, ele alertou sobre a expansão nuclear russa se a Suécia e a Finlândia se juntassem à Otan. O governo de Helsinque, capital finlandesa, ingressou na aliança de defesa no final daquele mês. Já o percurso de Estocolmo (capital sueca) para a adesão à Otan aberto no início deste mês, depois que a Turquia retirou suas objeções.
Em setembro de 2022, Medvedev disse que poderiam utilizar armas nucleares estratégicas para defender territórios incorporados à Rússia da Ucrânia.
Em janeiro, enquanto os Estados membros da Otan debatiam novos envios de armas para a Ucrânia, Medvedev disse que a derrota da Rússia na guerra poderia levar a um conflito nuclear.
Os comentários de Medvedev, novamente levantam a possibilidade de que a Rússia poderia potencialmente perder a guerra após quase 18 meses de desgaste. Uma admissão incomum de um alto funcionário do governo russo