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Rainha Elizabeth II, encontrará seu descanso eterno em um dos tradicionais caixões revestidos de chumbo, após 70 anos no trono

Por que enterram membros da realeza em caixões de chumbo?

A prática acompanha os membros da família real há séculos

Sua Majestade encontrará seu descanso em um dos tradicionais caixões revestidos de chumbo. Após 70 anos no trono, chegou ao fim o reinado da rainha Elizabeth II. A monarca faleceu na última quinta (8) e encerrou uma longa história no trono de Buckingham. Dessa forma, deu lugar a seu herdeiro por direito, o agora Rei Charles. Nos próximos dias haverão os preparativos para o funeral e a celebrações pelas regiões do Reino Unido.

O caixão com forragem em chumbo é uma prática que acompanha os membros da família real há séculos. Esses modelos são normalmente fabricados de carvalho inglês, como ocorreu com os ataúdes do príncipe Philip, o duque de Edimburgo, e da princesa Diana Spencer, e são bem mais pesados que os caixões normais, chegando a mais de 250 quilos. Porém, o grande destaque fica por conta do revestimento, aplicado para manter o corpo em preservação por mais tempo.

O material permite a obtenção de propriedades herméticas. A vedação do caixão é em metal compacto e a passagem de ar não passa para dentro do recipiente. Desse modo impede o movimento de partículas com potencial para acelerar a degradação do corpo por até um ano.

Há pelo menos quatro séculos caixões de chumbo são utilizados no enterro de integrantes da realeza britânica. Registros da Abadia de Westminster afirmam que Elizabeth I (1533-1603) e Charles II (1630-1685) tiveram seu sepultamento em moldes revestidos pelo metal. Assim como o nobre Sir Francis Drake (1540-1596), famoso navegante e vice-almirante do Reino da Inglaterra, e o reverenciado compositor George Frederic Handel (1685-1759).

A fuga da tradição

Entretanto, documentos anteriores apontam que apenas a princesa Margaret fugiu das tradições do chumbo. Ela é a filha mais nova do rei George VI e da rainha Elizabeth, a “Rainha-Mãe”. Em 2002, a integrante da família real passou por cremação, exigindo que suas cinzas pudessem ficar ao lado do caixão de seu pai. De acordo com uma reportagem do The Irish Times, essa era a única maneira de deixar os familiares lado a lado no castelo de Windsor.

Em breve, o corpo do príncipe Philip, que está atualmente em preservação na capela de São Jorge, deve se transferir para a capela do rei George VI. Assim, ficará ao lado do local de descanso de Elizabeth II e de seus antecessores.