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Descoberta dos novos genes ligados à depressão ocorreu pela Universidade de Edimburgo, na Escócia, e do King’s College London - Foto: Pixabay

Novos genes ligados à depressão são descobertos em estudo inédito

Um estudo inédito identificou 300 novos fatores de risco de genes para a depressão

A descoberta dos novos genes ligados á depressão ocorreu por pesquisadores da Universidade de Edimburgo, na Escócia, e do King’s College London, na Inglaterra.

Durante o trabalho, os cientistas analisaram dados genéticos de mais de 5 milhões de pessoas de 29 países, incluindo participantes de ancestrais não-europeus. Esta diversidade, não é comum em pesquisas do tipo, foi considerada crucial para os resultados.

Maior e mais diversa pesquisa já feita sobre genética da depressão

No total, o estudo identificou 700 variações genéticas associadas à depressão, que quase metade delas (300) nunca havia se relacionado à condição. Dessa maneira, essas variações estão ligadas a neurônios em regiões cerebrais que controlam as emoções.

De acordo com os pesquisadores, as conclusões permitirão a realização de novos estudos experimentais, usando cultura de células in vitro. Assim,  identificarão que tipos de neurônios esses genes estão mais associados em termos de expressão gênica.

Os resultados ainda oferecem novas pistas sobre como a doença afeta o cérebro, o que pode levar ao desenvolvimento de tratamentos mais eficazes no futuro. As descobertas estão descritas em estudo publicado na revista Cell.

Novas oportunidades de tratamento para os pacientes

  • A depressão se dá na interação entre genética, eventos adversos na vida e problemas de saúde física.
  • A doença é uma das principais causas de incapacidade no mundo e afeta cerca 15% da população global ao longo da vida.
  • O transtorno é tipicamente recorrente ou crônico por natureza, muitas vezes com incapacidade persistente, apesar das terapias farmacológicas e psicológicas.
  • Além de mapear os fatores de risco genético, o estudo investigou mais de 1.600 medicamentos para determinar seu impacto nos genes ligados à depressão.
  • Hoje, de 20% a 30% das pessoas com depressão têm a forma resistente da doença, o que significa que não respondem a pelo menos duas medicações em dose e tempo adequados.
  • Por isso, as descobertas podem abrir novas oportunidades para estes pacientes.