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A Nutrigenômica é o estudo que defende influência da alimentação na nossa genética

NUTRIGENÔMICA: Entenda como a comida pode “reprogramar” seus genes

A Nutrigenômica ainda é uma área científica nova que está em estudo

Sabia que a comida pode “reprogramar” seus genes? Nutrigenômica é o nome da ciência que estuda justamente essa interação entre os alimentos e o genoma; toda a informação hereditária de um organismo que está codificada em seu DNA.

Estudos anteriores já constataram, por exemplo, que o que separa a abelha operária de uma abelha rainha é a alimentação; ou seja, a geleia real é uma substância cujos nutrientes podem desbloquear as instruções genéticas necessárias ao desenvolvimento da anatomia e da fisiologia de uma abelha rainha, sustentando sua capacidade reprodutiva. Fora isso, a genética é a mesma.

Segundo a bióloga molecular Monica Dus, da Universidade de Michigan, os alimentos contêm macronutrientes como carboidratos, proteínas e gorduras, e micronutrientes como vitaminas e minerais. Esses compostos podem acionar interruptores genéticos que residem no genoma.

Para se ter uma noção, subprodutos do aminoácido metionina, presente em carnes e peixes; são conhecidos por influenciar os seletores genéticos que são importantes para o crescimento e divisão celular. Enquanto isso, a vitamina C é capaz de proteger o genoma do dano oxidativo e promover a função de vias celulares que podem reparar o genoma, se danificado.

A área ainda é relativamente nova e vem descobrindo detalhes dia após dia. No entanto, os estudos já afirmaram que a depender do tipo de informação nutricional, dos controles genéticos ativados e da célula que os recebe, essa interação entre os alimentos pode influenciar no bem-estar, no risco de doenças e até na expectativa de vida.

Estudo de gerações

E por fim, o mais surpreendente de tudo é que os estudos chegaram a constatar que a alimentação pode impactar a genética ao longo de gerações. Ou seja, isso quer dizer na prática que o que a sua avó comia pode ter influenciado a atividade dos interruptores genéticos; e o risco de doenças a que se sujeita o seu organismo.