Coimbra chama estudantes do Brasil que vão expor no ‘Portugal Smart Cities Summit’
Quatro estudantes do Brasil que vivem na Europa vão expor, nesta semana, no Portugal Smart Cities Summit. Os jovens criaram a startup Exo no início do ano. A princípio a empresa busca soluções inovadoras para projetos de sustentabilidade nos setores público e privado. Assim, a partir de 2023, todos os negócios com capital aberto no mercado europeu de ações serão obrigados a publicar um relatório anual de sustentabilidade com acesso aberto ao público.
O carioca José Heitor Soares, o baiano Tito Sala, o mineiro Guilherme Moreira e o sergipano Denner Déda se conheceram no polo de engenharia da Universidade de Coimbra. Desde 2014, a instituição aceita as notas do ENEM como uma das formas de ingresso na faculdade portuguesa.
Tito Sala estuda hoje gestão em Lisboa e divide apartamento com Guilherme Moreira. Pois, o mesmo faz mestrado em Engenharia de Telecomunicações. Além da startup e dos estudos, ambos trabalham na gigante das tecnologias de comunicação, Nokia. Ou seja, eles são responsáveis por elaborar uma ferramenta que usa a inteligência artificial para ajudar empresas e governos a diagnosticar problemas ambientais. Desse modo, ajudam a criar o planejamento estratégico para soluções sustentáveis.
O gestor traça projetos a curto, médio e longo prazo dentro do app
“A plataforma vai trabalhar a partir dos dados que o cara vai inserir acerca da empresa dele. Ele indica os dados referente à emissão, uso de água, de solo, tudo. A plataforma, com inteligência artificial, vai bater esses números com os dados do mercado daquele setor para falar: isso aqui está bem, isso aqui está mal. E se estiver bem ou mal, ele vai indicar pontos de melhora”, explica Sala.
O gestor traça projetos a curto, médio e longo prazo dentro da plataforma. O empresário recebe da ferramenta um plano estratégico para atingir os objetivos. No setor público, a Exo trabalha com o conceito de cidades inteligentes. A startup faz o diagnóstico do município com normativas internacionais das chamadas Smart Cities.
“Campo Limpo Paulista contratou a gente. Estamos em fase preliminar, nós estamos pegando todos os dados, que são mais de 300. O prefeito quer montar para saber qual será a próxima grande plataforma de investimento porque ele quer a ‘smartização’ da cidade”, informa Sala.
O município paulista de 90 mil habitantes, servirá de protótipo para a implementação da plataforma e os empreendedores esperam atrair outras prefeituras. No mesmo estado, São José dos Campos foi certificada, no ano passado, como a primeira cidade inteligente do Brasil.
Novas oportunidades podem surgir após estes quatro estudantes do Brasil exporem sua startup no Portugal Smart Cities Summit. Isso será excelente, tanto para o Brasil quanto para Portugal e demais países que se interessarem por esse projeto de sustentabilidade.