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Saiba razões que levaram o preço do etanol a aumentar e quando ele deve cair novamente

Preço do etanol sobe 4,5% em 1 semana; saiba o que aconteceu e o que esperar

Alta do preço do etanol na última semana preocupa o consumidor

O preço do etanol subiu 4,5% em apenas uma semana, apertando ainda mais o bolso do consumidor, que já paga, em média, R$ 7 pelo litro da gasolina. Entre os dias 10 e 16 de abril, o litro do etanol chegou a R$ 5,241 na média nacional; contra R$ 5,014 na semana imediatamente anterior, segundo a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

A alta foi maior que o avanço da gasolina (+0,37%) no mesmo período, enquanto o diesel teve queda na última semana (-0,19%). O etanol subiu em 21 estados e no Distrito Federal, registrando suas maiores altas em São Paulo (+6%), Goiás (+5%) e Minas Gerais (+4,8%).

No campo, problemas envolvendo a colheita da cana-de-açúcar, que é a matéria-prima do etanol, pressionaram a alta de preços. Entenda então o que aconteceu e o que esperar do preço do etanol nas próximas semanas.

A safra de cana-de-açúcar, que inicia em abril de um ano e vai até março do outro, começou com atraso neste mês. Diante do menor ritmo de produção, foi portanto mais difícil para as distribuidoras encontrarem etanol disponível no mercado.

A alta do combustível reflete ainda a queda da safra de cana em 2021 em função da seca e das geadas, destaca Gabriela Faria, economista da Tendências Consultoria. O clima adverso impactou ainda o desenvolvimento das plantas e até a capacidade delas de serem convertidas em açúcar.

Além disso, a demanda pelo etanol aumentou por causa da alta da gasolina, destaca a União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica).

“Mesmo com estoque suficiente, a diminuição da disponibilidade do produto, principalmente em São Paulo; maior estado produtor e consumidor, e o atraso do início da nova safra trouxeram um desequilíbrio entre oferta e demanda”, reforça a associação.

Quando o preço deve cair

Os analistas preveem uma queda de preço do etanol primordialmente a partir de maio.

Até o final de abril, a Unica estima que 189 usinas já estejam em produção, um número que, segundo a associação, deve garantir um aumento na oferta do combustível e uma estabilização do mercado. “Com isso, acreditamos que, a partir de maio, esse cenário deve alterar com o retorno da competitividade do etanol”, destaca.

Além disso, o analista do Safras afirma que a procura pelo etanol deve cair por ter deixado de ser vantajoso em relação à gasolina em muitos estados.