A mulher recebeu implante de um membro biônico que combina várias técnicas, inclusive implantes neurais
Com o avanço da ciência e tecnologia, essa mulher foi a primeira a receber um membro biônico que realiza movimentos e identifica seus impulsos cerebrais.
Karin é uma mulher de 50 anos, cujo nome completo é preservado, aparece em um vídeo realizando vários movimentos com o braço biônico, desenvolvido pela equipe do professor Max Ortiz Catalan, chefe de pesquisa em próteses neurais do Bionics Institute na Austrália. A prótese combina implantes neurais e no esqueleto da paciente.
Dores fantasmas
Outra queixa de Karin eram as dores fantasmas, quando o paciente tem certeza que aquele membro amputado provoca a sensação de queimação, formigamento, pontadas além de cócegas. Ou seja, condição que costuma ser frequente em pessoas que passaram por amputação.
Portanto, pode se manifestar depois de um tempo após a amputação. Assim, a dor fantasma pode ser um formigamento, aguda, pungente, latejante, intensa e até mesmo uma sensação de queimação.
Karin já tinha muita dificuldade em usar próteses convencionais e agora, com o membro biônico, tem uma nova qualidade de vida. Segundo a pesquisa, a mulher consegue realizar mais de 80% de atividades da vida diária!
Como controla a prótese
O dispositivo já está com Karin há três anos e combina três diferentes técnicas: a osseointegração com cirurgia reconstrutiva, eletrodos, bem como inteligência artificial.
O implante
Todos os nervos e músculos do membro residual de Karin são reorganizados para fornecer o máximo possível de informações de controle motor à prótese.
Os desafios neste nível de amputação são específicos. Os dois ossos, rádio e ulna, devem estar alinhados e carregados igualmente, não havendo muito espaço disponível para componentes implantados.
A adaptação veio com um implante neuromusculoesquelético, que permite ligar o sistema nervoso de Karin ao sistema eletrônico da prótese.
Mudou a vida
Segundo o doutor Francesco Clemente, Diretor Geral da Prensilia, Karin hoje é outra pessoa. De acordo com Karin, a pesquisa mudou de vez sua vida.
Além disso, Karin acrescentou que as atividades diárias se tornaram bem mais fáceis de serem realizadas.