Antes mesmo das eleições no começo de outubro, votação do Senado em PL que viabiliza piso salarial da enfermagem deve ocorrer
O Senado pretende votar antes do primeiro turno das eleições o Projeto de Lei Complementar 44/2022, que permite que estados e municípios possam realocar recursos para o combate à covid-19 para outros programas na área da saúde. O texto a ser votado no Senado viabiliza o pagamento do piso salarial da enfermagem, suspenso pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
A proposta que tem o apoio da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), pode liberar cerca de R$ 27,7 bilhões não utilizados. Com isso, o pagamento do piso salarial ficaria viável. A informação foi dada na última terça-feira (20) pelo relator geral do Orçamento de 2023, senador Marcelo Castro (MDB-PI), após reunião com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
“A nossa ideia é aprovar esse PLP já na próxima semana. Então, rapidamente a gente aprova isso, já antes da eleição, para dar um sustento, um reforço ao orçamento dos estados e dos municípios”, disse Castro.
Três projetos
Em reunião com líderes do Senado na manhã da última segunda-feira (19), o presidente da Casa, Rodrigo Pacheco, apresentou contudo outros três projetos selecionados pela consultoria do Senado para tentar viabilizar o piso da enfermagem.
Vistos como solução no longo prazo, estão sendo estudados o PL 798/21, que reedita o programa de repatriamento de recursos. Assim como o PL 458/21, que trata da atualização patrimonial. Além disso, há o PL 1417/21, que prevê auxílio financeiro emergencial para as santas casas e hospitais filantrópicos.
Outra proposta apresentada pelo líder da minoria na Casa, Jean Paul Prates (PT-RN), sugere que as emendas de relator, as RP 9, valham para custear o piso para os servidores municipais e estaduais da categoria. Na avaliação de Prates, a medida, sobretudo se dá como a solução mais rápida para o impasse.
O piso salarial para enfermeiros teve aprovação pelo Congresso Nacional no valor de R$ 4.750. Sendo então 70% desse valor – R$ 3.325 – aos técnicos de enfermagem; e 50% – R$ 3.325 – aos auxiliares de enfermagem e parteiras.
Fonte: Agência Brasil