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Algumas das consequências do uso excessivo do smartphone, como problemas na visão ou qualidade do sono, já estão relacionadas a hipertensão

Smartphone está ligado à hipertensão, diz pesquisa

A gente já sabe que usar excessivamente o smartphone pode prejudicar o sono, por exemplo, agora, um estudo relaciona o aparelho à hipertensão

Algumas das consequências do uso excessivo do smartphone, como problemas na visão ou má qualidade do sono, já são conhecidas agora é a vez da hipertensão. Em um estudo publicado na revista científica European Heart Journal, cientistas descobriram que pode haver uma ligação entre pessoas que usam frequentemente o celular para fazer ligações e hipertensão.

O estudo

  • O estudo traz dados da organização UK Biobank, no Reino Unido.
  • Os cientistas sugeriram a relação entre o uso do smartphone para ligações e o maior risco de ter hipertensão analisando os dados de 212 mil pessoas com a condição. As informações foram coletadas durante 12 anos.
  • A pesquisa descobriu, então, que 13.984 dessas pessoas usam o celular com frequência.
  • De acordo com o estudo, a hipertensão é um dos “principais fatores para doenças cardiovasculares e morte prematura em todo o mundo”. Por isso, é importante identificar quais as causas da condição.

Os pesquisadores, então, concluíram a existência da relação entre o uso frequente do celular e a hipertensão. O uso do telefone celular para fazer ou receber chamadas foi significativamente associado a um maior risco de hipertensão de início recente, especialmente entre os usuários de alta frequência.

O que o celular tem a ver com a hipertensão?

Após analisar os dados utilizados na pesquisa, os cientistas associaram a maior propensão ao desenvolvimento de hipertensão com os níveis de radiação eletromagnética (EMR) emitidos pelos aparelhos. Outras pesquisas associam o uso do smartphone ao aumento da frequência cardíaca.

Apenas o celular

A pesquisa em questão focou no uso do celular para ligações. Os pesquisadores não se debruçaram sobre a utilização de aplicativos específicos, o envio de mensagens ou outras atividades com o smartphone.

Para isso, eles admitem a necessidade de estudos mais aprofundados. “O número de minutos que as pessoas falam ao celular parece ser importante para a saúde do coração, com mais minutos somando um risco maior. Além disso, nosso estudo concentrou-se apenas em fazer ou receber chamadas telefônicas. Porém, não investigou o impacto de outros usos do telefone celular, como mensagens de texto, jogos ou navegação na Internet”, disse Xianhui Qin. Ele é professor da Southern Medical University em Guangzhou, na China, e um dos autores do estudo.