Vinho garante o equilíbrio das moléculas oxidantes e antioxidantes
Segundo estudo uma taça de vinho merlot por dia, pode ajudar a remodelar a flora intestinal. O estudo teve publicação na revista científica The American Journal of Clinical Nutrition. De acordo com o estudo, o consumo de uma taça de vinho traz benefícios ao coração. Para chegar a essa descoberta, o grupo de pesquisadores analisou a situação de 42 pacientes com doença arterial coronariana.
No experimento, os participantes precisaram consumir 250 ml de vinho tinto (com 12,75% de concentração alcoólica e produzido com uva merlot). Isso todos os dias, durante três semanas. Para fins de comparação, o grupo também foi levado a fazer abstinência de álcool por três semanas, depois.
Os pesquisadores analisaram a microbiota intestinal e os metabólitos presentes no plasma (metaboloma plasmático), como resultado da metabolização de compostos químicos e alimentos. A partir disso, foi possível notar que a microbiota intestinal sofreu remodelação significativa. Após o período de consumo do vinho, com predominância dos gêneros Parasutterella, Ruminococcaceae, Bacteroides e Prevotella — essenciais ao funcionamento do organismo.
O grupo de cientistas também apontou mudanças significativas no processo. Pois o mesmo garante o equilíbrio das moléculas oxidantes e antioxidantes. lsso quer dizer que a bebida evita o chamado estresse oxidativo.
Por que o vinho faz bem para a saúde?
A conclusão do estudo é que essa modulação da microbiota intestinal pode contribuir para benefícios cardiovasculares do consumo moderado de vinho tinto. No entanto, o próprio grupo alerta que o consumo excessivo de álcool por dia é maléfico. Dessa forma, está associado a aumentos na mortalidade por cânceres, acidentes e mortes violentas.
Anteriormente, uma equipe internacional revisou 22 estudos. Em seguida, descobriu que as pessoas que consomem 800 miligramas de flavonoides (um tipo de polifenol encontrado no vinho) por dia, alcançam um risco de morte 24% menor. Esses produtos químicos presentes no vinho protegem as células dos danos causados por moléculas instáveis chamadas radicais livres. Pois estão associadas a doenças cardíacas e risco de câncer. E foram propostas como uma razão potencial para os efeitos supostamente positivos da bebida em questão.