Finalmente o “Van Dog” está trilhando um novo caminho
Em seu passado, o cãozinho Van Gogh era usado como um cão de isca, e foi preciso amputar sua orelha por estar bastante ferida. Acredita-se que ele tenha cerca de 7 anos atualmente. Mas apesar dessas vivências violentas, finalmente o “Van Dog” está trilhando um novo caminho e se encontra num local bem seguro.
Nos EUA, estima-se que existam mais de 20 mil pessoas que participam das chamadas ‘rinhas de cães’. Por isso, torna espécies específicas, como pit bulls, um alvo procurado para ficarem presos, criados para participar de duelos violentos que colocam em risco a vida do animal. A própria alimentação do cachorro inclui substâncias apenas para nutrir o seu físico, incluindo a presença de doses substanciais de hormônios, deixando de lado a preocupação com sua saúde e bem estar. Alvos de apostas e maus tratos, muitos deles acabam não sobrevivendo.
Van Gogh pode até parecer mais tímido num primeiro encontro, ou se mostrar desconfortável mais facilmente com ambientes ruidosos e agitados. Mas sua personalidade bem dócil logo aparece, mostrando até mesmo o quanto ele gosta de estar perto de crianças. Ele também já mostrou que possui um lado artístico, sendo mestre na arte de espalhar tinta nas pinturas feitas por Jaclyn Gartner. Ela é fundadora da organização Happily Furever After Rescue e desenvolve essa belíssima parceria artística no seu lar provisório.
Já houve uma exposição com as pinturas do Van Gogh canino
As obras de arte feitas pelo cãozinho Van Gogh surgem quando ele come pasta de amendoim deixada sobre as telas para atraí-lo. Ele espalhe a tinta na tela (devidamente protegida em embalagem plástica), enquanto lambe o alimento, num passe de mágica. Jaclyn Gartner, aproveitando-se de tal feito, também já fez uma exposição para compartilhar as pinturas do Van Gogh canino. Com o tempo, o doguinho foi se tornando uma espécie de celebridade e já teve até algumas de suas obras vendidas.
Apesar de os maus tratos a animais ser criminalizado, não são raros os relatos de casos em que os cachorros e mesmo outras espécies exóticas são colocadas em situações degradantes, visando tanto a sua exploração quanto a venda. Além da violência, que muitas vezes acaba marcando para sempre a vida do animal, ainda há os casos de abandono. E mesmo a baixa incidência de adoções, principalmente entre os animais que apresentem algum tipo de deficiência. Ou que tenham maior idade e exijam cuidados, assim como no caso de Van Gogh, que ficam com marcas do seu passado.
Enfim, com a vacinação em dia incluindo todos os cuidados, Van Gogh está aguardando uma adoção nos Estados Unidos. Vale lembrar qual a prioridade no ato de adotar, em vez da escolha por raça, idade ou outra característica. Não se trata apenas de um ato de responsabilidade, mas também de respeito e carinho com o mundo animal que deve ser multiplicado.