Pesquisa feita em Israel notou que a carência da vitamina D aumentou a gravidade dos casos de covid
Cientistas de Israel dizem que reuniram as evidências mais convincentes até o momento de que a deficiência de vitamina D pode agravar o quadro de pacientes com covid-19 e aumentar o risco de morte.
Segundo a análise, um nível mais baixo da vitamina foi mais comum em pacientes com um quadro grave ou crítico da doença (87,4%); do que em indivíduos com um quadro leve ou moderado (34,3%). A pesquisa recém-revisada por pares foi publicada na semana passada, na revista científica PLOS One.
Segundo o estudo feito por pesquisadores da Universidade Bar Ilan e do Centro Médico Galilee, a vitamina tem um impacto tão forte na gravidade da doença que é possível prever como as pessoas se sairiam se infectadas com base em nada mais do que suas idades e níveis de vitamina D.
“Achamos notável e impressionante ver a diferença nas chances de se tornar um paciente grave quando você está com falta de vitamina D, em comparação com quando não está”, disse o Dr. Amiel Dror, médico do Galilee Medical Center e Bar Ilan pesquisador que fez parte da equipe por trás da pesquisa.
O estudo se baseia em pesquisas realizadas durante as duas primeiras ondas do coronavírus em Israel, antes que as vacinas estivessem amplamente disponíveis.
A deficiência de vitamina D é endêmica em todo o Oriente Médio; inclusive em Israel, onde quase quatro em cada cinco pessoas têm pouca vitamina, de acordo com um estudo de 2011.
Isso pois em parte ao hábito cultural dos árabes israelenses de usarem vestimentas longas; o que, portanto, pode levar a uma eventual deficiência na produção da vitamina D. Lembrando que a exposição solar é a principal fonte de produção da vitamina D; pois os raios ultravioletas do tipo B (UVB) são capazes de ativar a síntese dessa substância.