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Considerando que os valores não são benéficos para si, a Bolívia quer rever o contrato com o Brasil sobre o fornecimento de gás

Bolívia quer rever preço do gás vendido ao Brasil

Estatal da Bolívia reduziu em 30% o fornecimento de gás natural para o Brasil

A Bolívia quer rever os preços previstos no contrato de fornecimento de gás negociado com o Brasil para elevar os preços, apesar das críticas do presidente Jair Bolsonaro. Nesta semana, cerca de 30% da quantidade habitual de Gás Natural, proveniente da estatal boliviana YPFB foi cortado.

“Nós tentamos de forma escrita e formal pedir a renegociação do contrato com a Petrobras”, a estatal brasileira, disse o ministro boliviano de Hidrocarbonetos e Energias, Franklin Molina, citado em um comunicado nesta quinta-feira (26).

Para Molina, o acordo “prejudica a Bolívia” e “gera prejuízos econômicos para a YPFB”, empresa estatal de hidrocarbonetos. Segundo ele, a Petrobras paga entre US$ 6 e US$ 7 por milhão de BTU de gás, enquanto empresas privadas ofertam cerca de US$ 15 a US$ 18 pelo mesmo volume, afirmou o ministro.

“O resultado não é favorável para o país e por isso vamos buscar melhores condições para vender nosso gás. A Bolívia precisa encontrar um preço melhor para seu gás natural, melhores condições e um mercado melhor”, disse o ministro.

Bolsonaro disse contudo que a medida parece orquestrada. “A Bolívia cortou 30% do nosso gás para entregar para a Argentina”, disse o presidente.

“O gás, se tiver que comprar de outro local, é cinco vezes mais caro. Quem vai pagar a conta?”, acrescentou então Bolsonaro, um dia depois de demitir o recém-nomeado presidente da Petrobras, José Mauro Ferreira Coelho, em meio a repetidas altas do preço do combustível.

A Argentina pagará US$ 12 por milhão de BTU, um terço do preço internacional do gás natural liquefeito. O Brasil consome cerca de 60% do gás natural exportado pela Bolívia, segundo dados oficiais. A quebra do acordo pode fazer então com que a Bolívia sofra retaliação de organismos internacionais.