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Foi instalada nesta quarta-feira (10), Câmara Setorial Temática para discutir a Ferrovia Ferrogrão (EF-170), pensada para ligar a cidade de Sinop

ALMT instala CST para discutir construção da Ferrovia Ferrogrão

Projeto Ferrovia Ferrogrão pretende ligar Sinop a porto no Pará

Foi instalada nesta quarta-feira (10), a Câmara Setorial Temática para discutir a Ferrovia Ferrogrão (EF-170), pensada para ligar a cidade de Sinop. Ou seja, do norte de Mato Grosso ao Porto de Itaituba, no Pará.

O projeto do modal teve andamento paralisado por decisão liminar do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Todavia essa determinação judicial suspendeu, em 2021, a eficácia da Lei Federal nº 13.452/2017, que alterava limites do Parque Nacional do Jamanxim para instalação da ferrovia em áreas a excluídas da unidade de conservação localizada no Pará.

Em janeiro, a presidente do STF, ministra Rosa Weber, marcou o julgamento do mérito da ação para o fim de maio. “Com a previsão de que seja feito o julgamento no dia 31 de maio, nos despertou a importância de nós criarmos essa Câmara Setorial juntamente com várias entidades de representação do setor produtivo e da sociedade organizada para defender a construção da ferrovia”, explicou o presidente da CST, deputado Reck Júnior (PSD).

O advogado da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), Rodrigo Gomes Bressane disse que a nova ferrovia é importante para escoamento da produção de grãos. “Em 10 anos a previsão é que a produção de algodão suba 113%, milho 84% e soja 56%, de soja serão 63 mil toneladas”, afirmou. Contudo o diretor do Movimento Pró-Logística, Edeon Vaz, destacou há cálculos estimando que a Ferrogrão terá capacidade de transportar o equivalente a 400 caminhões.

Construção da ferrovia está margeando a BR-163

Assim também, o deputado Reck Júnior argumentou ainda que com a suspensão da lei, não foram feitos estudos para avaliar impactos ambientais. “Esses estudos que vão mostrar quais são esses impactos. Mas é importante a gente ressaltar que mais de a maior parte da área que vai utilizada para construção da ferrovia está margeando a BR-163. Então já são áreas abertas, o que leva esse dano ambiental a ser mínimo”, afirmou.

Por conta de proximidade da data do julgamento, o parlamentar adianta que um relatório deve apresentado já na próxima quinta-feira (18). O relatório da CST está por conta do advogado e servidor da ALMT, Giorgio Aguiar da Silva.

“De forma técnica, nós vamos elaborar um parecer, que uma vez aprovada, vamos dar início ao trabalho de sensibilizar os ministros da importância da ferrovia nas questões econômica e ambiental”, defendeu Reck Júnior.

“Esse parecer nós vamos apresentar junto ao Governo do Estado, à Confederação Nacional da Agricultura, que são partes no processo. E também somar forças com deputados federais, senadores e aí sim, de forma conjunta, ir até Brasília. Bem como fazer uma agenda com ministros que vão ter o poder de decidir uma grande obra e um grande avanço no desenvolvimento e logística no país”, concluiu o deputado.

Entre outros participantes da reunião, estavam representantes do Fórum Agro, Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT). Além da Ordem dos Advogados do Brasil seccional Mato Grosso (OAB/MT) e Procuradoria da Assembleia.