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Métodos de educar os filhos sem gritar e punir têm dado certo nessa família

Mãe chama a atenção por educar filhos sem punir ou gritar

Hannah Canavan tem métodos diferentes para educar os filhos, e o faz sem gritar

Educar os filhos sem punir ou gritar. Essa é a forma que uma mãe solo de três filhos escolheu para criar as crianças e diz que a chamada “parentalidade gentil” é essencial para criar pessoas mais humanas e solidárias.

Hannah Canavan, de 33 anos, decidiu adotar esse método com base na própria experiência de trabalho, em uma escola de referência para crianças com graves problemas de comportamento.

Ela garante que a forma como educa os filhos tem funcionado muito bem nestes anos. “Nunca puni nem dei recompensas aos meus filhos, e isso realmente funciona para mim […] O que faço é dar consequências naturais em vez de punir as crianças. Na escola em que trabalhei, era isso que ajudava a transformar o “mau comportamento”, afirmou.

Hannah é mãe de Esmae, de 11 anos, Eira, de 9 anos, e Elfie, de 7 anos. Eles vivem em Londres, na Inglaterra. A professora garante que punição não é um fator educativo e justifica. “Se você olhar para o sistema prisional, verá que a punição não funciona, pois não haveria reincidentes se esse fosse o caso. Como não grito nem tiro nada deles, meus filhos não tem medo de mim. Eles me respeitam e me ouvem porque eu explico calmamente porque eles não devem fazer algo, e eles aprendem com isso.”

Quando um dos filhos apronta, em vez de gritar ou tirar o acesso ao tablet, Hannah explica calmamente por que aquilo não está certo.

Parentalidade gentil

A mãe explica que o modelo de parentalidade gentil é adotado desde quando os filhos ainda eram bebês. Mesmo em situações mais complexas, ela consegue aplicar o método.

“Se eles corriam para o meio da rua ou algo assim, minha reação imediata podia ser gritar ‘não’. Mas, logo em seguida, quando estavam em segurança, eu explicava para eles como isso era extremamente perigoso e mostrava vídeos sobre acidentes de carro para que eles pudessem ver a gravidade daquilo”, lembra.

“Nove em cada 10 vezes eles não voltavam a repetir o ato. Se você gritar com eles e disser que eles não vão tomar um sorvete porque fizeram algo errado, eles vão se concentrar no fato de que mamãe ou papai estão zangados e não no que eles realmente fizeram”, explica a mãe ao falar sobre recompensas.

Sempre há limites

Hannah explica que dá para impor limites saudáveis para os filhos sem a necessidade de agredir, usando apenas conversas amigáveis. “Xingar ou bater nos irmãos é intolerável na nossa casa, então, se acontecer, eu analiso o que levou àquela situação e explico que não é a maneira de reagir. Crianças são crianças e nem sempre se comportam como você gostaria”, diz.

“Sou tendenciosa, acho que meus filhos são realmente adoráveis e educados. Eles me ouvem e até me procuram quando fizeram algo errado, pois não têm medo”, explica Hannah.

A mãe lembra ainda de um momento em que contornou bem a situação com a filha. “Outro dia, Eira veio até mim porque ela pensou que tinha quebrado uma mesa e foi honesta sobre isso. Eles sabem que sou razoável e sempre me pedem permissão quando estão em dúvida”.