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O Índice Geral de Preços , Disponibilidade Interna (IGP-DI) registrou inflação de 0,04% em fevereiro, informou o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre).

Inflação medida pelo IGP-DI sobe 0,04% em fevereiro e 1,53%

Variação ficou levemente acima da mediana das estimativas de 16 consultorias e instituições financeiras, de +0,03% na inflação de  fevereiro

O Índice Geral de Preços, Disponibilidade Interna (IGP-DI) registrou inflação de 0,04% em fevereiro, informou o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre).

A variação ficou levemente acima da mediana das estimativas de 16 consultorias e instituições financeiras ouvidas pelo Valor Data, de +0,03%, com intervalo das projeções entre -0,10% e +0,23%.

No mês anterior a taxa havia sido de 0,06%. Com este resultado, o índice acumula alta de 0,09% no ano e de 1,53% em 12 meses. Em fevereiro de 2022, o índice havia subido 1,50% e acumulava elevação de 15,35% em 12 meses.

Com peso de 60%, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-DI) caiu 0,04% em fevereiro. No mês anterior, o índice havia apresentado queda de 0,19%.

Combustíveis

Mas na análise por estágios de processamento, a taxa do grupo Bens Finais variou de -0,04% em janeiro para 0,21% em fevereiro. O principal responsável pela aceleração da taxa foi o item combustíveis para o consumo, cuja taxa passou de -2,31% para 3,84%.

O índice de Bens Finais “ex”, que resulta da exclusão de alimentos in natura e combustíveis para o consumo, caiu 0,49% em fevereiro, contra alta de 0,15% em janeiro.

Contudo, a taxa do grupo Bens Intermediários passou de -1,19% em janeiro para -0,70% em fevereiro. O principal responsável pela queda menos intensa foi o subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, cuja taxa passou de -3,98% para -3,54%.

O índice de Bens Intermediários “ex”, calculado após a exclusão de combustíveis e lubrificantes para a produção, caiu 0,12% em fevereiro, ante queda de 0,60% no mês anterior.

Commodities

O estágio das Matérias-Primas Brutas variou 0,44% em fevereiro, após subir 0,79% em janeiro. Contribuíram para esse movimento os seguintes itens: minério de ferro (7,05% para 2,63%), soja em grão (-1,53% para -3,06%) e bovinos (-1,08% para -2,37%).

Em sentido oposto, café em grão (0,92% para 10,07%), leite in natura (0,03% para 3,07%) e cana-de-açúcar (-0,70% para 0,72%).

Com peso de 30%, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC-DI) variou 0,34% em fevereiro, após subir 0,80% em janeiro.

Educação, Leitura e Recreação

Mas quatro das oito classes de despesa componentes do IPC-DI registraram decréscimo em suas taxas de variação. Educação, Leitura e Recreação (3,28% para -0,80%), Alimentação (0,48% para -0,03%), Transportes (0,92% para 0,43%), assim como Comunicação (0,73% para 0,67%).

Nessas classes de despesas, portanto, os destaques são para cursos formais (7,45% para 0,00%), hortaliças e legumes (-0,27% para -7,09%). Assim como gasolina (1,12% para -0,26%), combo de telefonia, internet e TV por assinatura (1,66% para 0,96%).

Em contrapartida, os grupos Habitação (0,26% para 0,60%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,42% para 0,84%), Vestuário (-0,08% para 0,36%) e Despesas Diversas (0,97% para 1,01%) apresentaram acréscimo em suas taxas de variação.

Essas classes de despesas foram influenciadas pelos seguintes itens: aluguel residencial (-1,08% para 2,71%) e artigos de higiene. Além de cuidado pessoal (-0,17% para 1,35%), roupas (-0,20% para 0,49%) e serviços bancários (1,26% para 1,49%).

O núcleo do IPC-DI registrou taxa de 0,36% em fevereiro, ante 0,28% no mês anterior. Dos 85 itens componentes do IPC, 23 foram excluídos do cálculo do núcleo. Desses, 10 apresentaram taxas abaixo de -0,34%, linha de corte inferior, e 13 registraram variações acima de 0,80%, linha de corte superior.