Nutricionista comenta benefícios da dieta Jejum intermitente que vem ganhando espaço no mundo fitness e seus possíveis riscos para a saúde
Nos últimos anos, aumentou a popularidade da prática de alternar períodos de jejum, em janelas que podem durar 8h, 12h, 14h, ou mesmo períodos de 24h. No entanto, permite-se água, chás e cafés sem açúcar.
O chamado “jejum intermitente” é um bom aliado para promover a perda de peso, por conta do déficit calórico. Além disso, é procurado também por quem deseja desintoxicar o organismo e melhorar a imunidade.
Cintya Bassi, afirma que o principal benefício dessa prática é obrigar o corpo a utilizar a fonte de energia existente e excedente. “Com isso, ocorre a perda de peso, mas também ocorre a redução do apetite a médio prazo. Com uma melhora da resistência à insulina e um aumento da disposição”.
Efeitos positivos e negativos
Um estudo inédito no Brasil e no mundo, realizado em cobaias desde 2020 pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB), expõe os efeitos positivos e negativos do jejum intermitente. Segundo informações divulgadas pela instituição, o jejum programado, intercalado com atividades aeróbicas, promoveu uma redução na ansiedade e efeitos antidepressivos. Contudo, também identificaram na pesquisa danos em células intestinais e cerebrais.
Porém, cientistas acreditam que os resultados podem subsidiar pesquisas clínicas com pessoas saudáveis e adeptas do jejum intermitente. Desse modo, traria respaldo para futuras investigações, como na intervenção de doenças como a obesidade.
Contraindicações e período após o jejum intermitente
De acordo com Cintya Bassi, “a prática não é recomendada aos diabéticos, pessoas com hipotireoidismo não tratado, desnutridos, com propensão a transtornos alimentares ou gestantes, entre outros exemplos”. Portanto, é necessário uma consulta junto a um profissional, para orientações individuais e definir, com segurança, estratégias iniciais e evolução.
Segundo especialistas, o mais recomendado aos iniciantes é começar fazendo uma vez por semana, por no máximo 16 horas. O período pode aumentar gradualmente, de acordo com a adaptação do indivíduo. Além de obter orientações de um médico ou nutricionista, uma dica aos que desejam iniciar a prática é reduzir a ingestão de carga calórica durante as refeições e acrescentar ao cardápio alimentos que aumentem a saciedade, antes mesmo de iniciar o jejum, o que facilitará o processo de adaptação.
Após a prática, o indicado é consumir, em pequenas porções, alimentos de fácil digestão e com baixo índice glicêmico. Ou seja, ajuda a preservar os resultados obtidos durante o jejum intermitente. Deve-se evitar alimentos fritos, processados, industrializados e preparados com muita gordura, como batata frita, coxinha, sorvete, biscoito recheado ou comidas congeladas.