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Menor robô do mundo de apenas meio milímetro de largura será o assistente de médicos em cirurgias

Menor robô do mundo pode eliminar tumor e limpar artérias

Um assistente de apenas meio milímetro de largura

Dá para imaginar, o menor robô do mundo, um assistente de apenas meio milímetro de largura, em formato de caranguejo, auxilando médicos em cirurgias bem delicadas? Essa é a criação mais recente dos engenheiros da Universidade Northwestern, nos Estados Unidos. Eles desenvolveram o menor robô ambulante do mundo, controlado remotamente!

Com aparência de um caranguejo minúsculo, o mini robô é capaz de chegar a locais “inacessíveis”. E, dessa forma, fazer coisas impressionantes na medicina e em outras áreas também.

“Você pode imaginar esses robôs como agentes para reparar e montar pequenas estruturas ou máquinas na indústria, ou como assistentes cirúrgicos para limpar artérias entupidas, parar hemorragias internas ou eliminar tumores cancerígenos, tudo em procedimentos minimamente invasivos”, explica o professor de robótica John Rogers, autor principal do estudo.

E essa mesma tecnologia inovadora ainda assim, pode ajudar no desenvolvimento de outros robôs microscópicos inteligentes capazes de realizar tarefas complexas em espaços apertados ou de difícil acesso. Como minas e escombros, por exemplo, ou até mesmo em cirurgias dentro do corpo humano.

Robô muda de forma

A possibilidade de criar o menor robô ambulante do mundo só foi possível graças ao uso de uma tecnologia leve. Além de ser menos complexa do que as normalmente utilizadas.

Em vez de se alimentar por um hardware complexo, sistemas hidráulicos ou eletricidade, esses robozinhos funcionam com a ajuda da resiliência elástica de seus corpos.

Para construí-los, os pesquisadores usaram um material com uma espécie de “memória” latente, capaz de deformar e voltar a forma original quando aquecido.

O mini robô possui um feixe de laser que é útil para esquentar rapidamente partes específicas do corpo dele. Enquanto uma fina camada de vidro faz com que o local deformado volte ao seu estado inicial após o resfriamento.

À medida que o robô muda de uma fase para outra, cria-se o movimento de locomoção. Esse mesmo laser também é útil para determinar qual a direção ele deve seguir. Como essas estruturas são muito pequenas, a taxa de resfriamento é muito rápida, proporcionando uma boa velocidade de deslocamento.

Inspiração em livro infantil

Para fabricar uma criatura tão pequena, os cientistas recorreram a uma técnica de montagem inspirada em um livro infantil de modelagem, conhecida como “pop-up”. Eles fabricaram os precursores das estruturas do caranguejo ambulante utilizando geometrias planas.

Esses precursores foram colocados em um substrato de borracha levemente esticado, pois ao ser relaxado e aquecido, faz com que o robô “surja” com formas tridimensionais precisamente definidas.

É como se o usuário apertasse um objeto plano até ele se transformar em uma figura palpável. “Com essas técnicas de montagem e conceitos de materiais, podemos construir robôs ambulantes de quase todos os tamanhos ou formas 3D. Incluindo minhocas, grilos e besouros, capazes de se locomover por espaços reduzidos, onde outro robô nem sequer conseguiria entrar”, explica John.

Um futuro promissor

“Aliás, os robôs ainda estão em fase de desenvolvimento e se originaram principalmente para fins acadêmicos. Mas a tecnologia usada para fazer os pequenos caranguejos tem potencial”, disse Rogers.

Portanto, os pequenos robôs podem ser úteis para realizar cirurgias minimamente invasivas ou ajudar na montagem e reparo de máquinas de pequena escala.

Agora, a equipe está trabalhando para expandir as capacidades do robô. “Como um objetivo ambicioso, pedi aos alunos que vissem uma maneira de fazer esses robôs voarem, talvez impossível, mas divertido de se pensar”, imaginou o professor.