Mercado projeta aumento da inflação acima dos 6% pela segunda semana seguida; mesmo assim, projeção para os juros foi mantida
O mercado projeta aumento da inflação pela terceira semana consecutiva em 2023. Segundo o Boletim Focus desta segunda-feira (24), a mediana das expectativas é que o ano feche com um Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 6,04%. Na semana anterior, entretanto, a previsão era de 6,01%, ultrapassando a marca dos 6% pela primeira vez no ano.
Para 2024 e 2025, os economistas mantiveram suas projeções em 4,18% e 4%, respectivamente
O Conselho Monetário Nacional (CMN), estabeleceu em 3,25% a meta central de inflação em 2023, sendo considerada formalmente cumprida se oscilar entre 1,75% e 4,75%.
Mesmo com a maior pressão inflacionária vista pelo mercado, a mediana das projeções para a Selic manteve-se em 12,50% para o fim de 2023, assim como na semana anterior. O mesmo acontece com a previsão para 2024, que ficou em 10%. Enquanto que para 2025 a projeção para a taxa básica de juros, fica mantida em 9%.
Em relação ao crescimento da economia brasileira em 2023, o mercado projeta que o Produto Interno Bruto (PIB), cresça 0,96%. Na semana passada a estimativa era de expansão de 0,9%. Para 2024 a perspectiva é de crescimento econômico de 1,41%. Na divulgação anterior, a projeção de crescimento para o PIB do ano que vem estava em 1,40%.
O mercado também atualizou as previsões para a dívida líquida do setor público. Conforme a pesquisa, o endividamento deve encerrar o ano em 61% do PIB, abaixo da projeção de 61,3% da semana anterior.
Em relação ao dólar, a expectativa é de a moeda fechar 2023, cotada em R$ 5,20, refletindo o patamar na casa dos R$ 5, registrados nas últimas semanas. Já para 2024, a mediana das projeções caiu de R$ 5,26 para R$ 5,25, também demonstrando otimismo com a estabilização do câmbio.
O Índice Geral Preços do Mercado (IGP-M), que baliza o reajuste dos aluguéis, ficou estável em relação à semana anterior. Os economistas consultados projetaram taxa de 3,03% em 2023 contra 3,5% previstos no Focus de sete dias atrás. Para o ano que vem, a expectativa é do índice em 4,16%.