Você está visualizando atualmente MP do TCU pede suspensão de pagamento da Petrobras
Na quinta-feira (3), Petrobras informou que o Conselho de Administração aprovou o pagamento de dividendos de R$ 3,3489 por ação preferencial e ordinária

MP do TCU pede suspensão de pagamento da Petrobras

Na quinta-feira (3), petroleira informou que o Conselho de Administração aprovou o pagamento de dividendos de R$ 3,3489 por ação preferencial e ordinária em circulação

O subprocurador-geral Lucas Furtado, pediu ao Tribunal de Contas da União (TCU) a suspensão imediata da distribuição antecipada de pagamento que a Petrobras aprovou.

Na quinta-feira (3), contudo, a petroleira informou que o Conselho de Administração aprovou o pagamento de dividendos de R$ 3,3489 por ação preferencial.

Na prática, a medida aprovada pelo Conselho de Administração tira dinheiro que entraria no caixa do Tesouro da administração.

Furtado diz que há o risco de um prejuízo para as contas públicas, por isso, pede a suspensão e análise sobre a medida em si.

Segundo o MP, “há risco à sustentabilidade financeira e esvaziamento da disponibilidade em caixa da estatal”.

“Decisões da estatal novamente surpreendem com distribuições de dividendos em valores astronômicos. Ratifico minha preocupação no sentido de que possuo receio de que as eventuais distribuições possam comprometer a sustentabilidade financeira da companhia no curto, médio e longo prazo, indo de encontro ao próprio Plano Estratégico da empresa”, disse Furtado.

Pagamento Petrobras

Segundo o MP, é necessária e urgente a intervenção do TCU e, por isso, Furtado justifica a necessidade da suspensão. “Até mesmo com a finalidade de preservar a moralidade pública, a imagem, o respeito, a reputação das instituições públicas e a sustentabilidade financeira da empresa conhecer e avaliar os mecanismos estabelecidos para a distribuição de dividendos da Petrobras”, afirmou.

Os dividendos serão pagos em duas parcelas iguais em 20 de dezembro e 19 janeiro de 2023. A Petrobras pontuou que o valor proposto está alinhado com a atual política de remuneração aos acionistas da empresa e que é compatível com a sustentabilidade financeira da petroleira no curto, médio e longo prazo.

A empresa disse ainda, que o dividendo também está em linha com o seu compromisso de geração de valor. A União, como acionista majoritária, deve receber a maior parte.

Em coletiva de imprensa nesta sexta-feira (4), a Petrobras disse que não foi notificada ainda e que segue a política.