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ONS prevê bolso do consumidor passando ileso por conta das térmicas

ONS avalia uso das térmicas contratadas sem custo extra ao consumidor

Diante dos bons níveis hídricos dos reservatórios e dos baixos volumes que serão acionados pelas térmicas, o ONS não espera cobranças extras

As perspectivas do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) são positivas para o setor energético do país. Segundo o diretor-geral do operador, Luiz Carlos Ciocchi, o acionamento das térmicas já contratadas para entrarem em ação entre maio de 2022 e dezembro de 2025 não será suficiente para que haja novas cobranças extras e, assim, impactar no bolso do consumidor.

Apesar de afirmar que a tarifa final de repasse é de competência da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel); Ciocchi citou os bons níveis hídricos nos reservatórios do país e o baixo acionamento das térmicas contratadas.

“A perspectiva é que as térmicas não vão afetar o bolso das pessoas, tendo em vista o baixo volume que serão acionadas. Como esse custo chegará para a administração é competência da Aneel, mas do nosso ponto de vista, da operação, esse custo será assimilado.

Nossa expectativa é que não vai haver impacto negativo no bolso do consumidor”; explicou o diretor, destacando ainda as boas previsões em relação aos reservatórios do Sistema Interligado Nacional (SIN).

Recorde em 10 anos

A poucos dias do início do chamado período seco, que começa a partir de abril, os reservatórios do Sistema Interligado Nacional (SIN) começarão a temporada com os melhores níveis hídricos dos últimos 10 anos. Atualmente, o nível médio dos reservatórios do SIN está em 71,7%.

Os números apareceram em coletiva realizada nesta segunda-feira (11) pelo ONS. Para Luiz Carlos Ciocchi, os números representam uma garantia de segurança energética para os próximos meses. Pois segundo ele, o cenário para o próximo ano deverá ser ainda melhor.

“Do ponto de vista de infra estaremos melhor em 2023 do que neste ano. Se mantida a perspectiva de bons níveis nos reservatórios, que é o atual cenário, então tudo leva a crer que teremos um ano de 2023 ainda melhor na questão do armazenamento. Mas é importante salientar que tudo isso está sujeito a mudanças meteorológicas e não podemos descartar os efeitos das mudanças climáticas”, apontou Ciocchi.

O diretor destacou que além dos subsistemas Sudeste/Centro-Oeste, Norte e Nordeste, que já estavam desde o mês passado em níveis bastante positivos, os reservatórios do Sul tiveram boa recuperação na última semana e, portanto, não causam mais preocupação. Atualmente estão com 51,68%, frente aos 42,50% do início do mês de abril.