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Otan decide adiamento, isso daria 'sinal errado' sobre guerra nuclear para Moscou, diz secretário-geral da entidade

Otan decide manter treino de guerra nuclear

Otan decide adiamento pois daria ‘sinal errado’ sobre guerra nuclear para Moscou, diz secretário-geral da entidade e G7 discute mais armas

A Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), uma aliança militar liderada pelos Estados Unidos, anunciou nesta semana que manterá seu treinamento anual de guerra nuclear. Segundo o secretário-geral da Otan, o norueguês Jens Stoltenberg, se o exercício fosse cancelado, “estaríamos enviando o sinal errado para Moscou”.

Oficialmente, o exercício da Otan é conhecido pelas iniciais em inglês SN. Essa sigla sugere se tratar de exercício do Supremo Comando Aliado na Europa (daí o “s”) com forças nucleares (daí o “n”). No entanto, informalmente, o teste conhecido pelo nome de “Steadfast Noon”, também pode-se traduzir como meio-dia firme.

Assim, mobiliza-se caças e bombardeiros com bombas táticas B61, além de aviões-tanque e de vigilância. Normalmente, o exercício ocorre em território italiano, tanto pela posição geográfica favorável do país em um eventual ataque à Rússia, quanto pela evitação da Turquia em realizar tais manobras em seu solo.

Essa não é a primeira vez que há uma mudança de posicionamento pelo governo americano. Em fevereiro, o país cancelou um teste de rotina com um míssil intercontinental para, em seguida, testar quatro de uma só vez.

Em sua nas últimas semanas, o governo russo vem aumentado o uso da retórica nuclear em decorrência do conflito com a Ucrânia. O presidente Vladimir Putin e outros membros de seu governo, sugerem que poderão se defender com ogivas atômicas.

Questionado sobre o risco de uma confrontação nuclear com a Rússia, Stoltenberg disse que “a Otan está preparada para qualquer ameaça”.

De acordo com especialistas, esse tipo de duelo retórico remonta a um dos períodos mais perigosos da Guerra Fria, assim quando uma sequência de exercícios da Otan foi vista no Kremlin como um prenúncio de um ataque nuclear preventivo.