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Empresas tem procurado programas de apoio aos funcionários com problemas de saúde mental, deixando para trás o tabu sobre o assunto

Saúde mental já deixa de ser um tabu em muitas empresas

As empresas tem se mexido para quebrar o tabu em relação a saúde mental dos funcionários

A saúde mental deixou de ser tabu nas empresas, especialmente desde que o burnout, o esgotamento ligado ao excesso de tarefas, tornou-se uma doença do trabalho reconhecida mundialmente.

Com isso, a demanda por programas de bem-estar psicológico teve um salto entre as empresas, impulsionando tanto startups especializadas quanto empresas de saúde que veem uma possibilidade de ganhos extras no setor.

Um dos símbolos dessa tendência é a Vittude, que conecta pessoas a psicólogos e tem programas voltados à melhora da saúde mental. Desde o começo da pandemia, a receita da companhia cresceu 540%. Hoje, cerca de 170 empresas são clientes, assim como O Boticário, Renner e SAP.

“Nós mostramos para as empresas que não se preocupam com as pessoas que elas precisam se preocupar com o lucro”, diz Tatiana Pimenta, CEO da Vittude.

Mercado de cuidados com a saúde mental vem em expansão

Ademais, outra companhia que surgiu nesse mercado foi a Zenklub. Rui Brandão diz ter criado o negócio após sua mãe ter sofrido um burnout. Para o executivo, o atendimento digital reduziu os preconceitos sobre os tratamentos. O número de clientes corporativos, em dois anos, saltou de 12 para 400.

“Se antes o digital era algo visto como de má qualidade, ficou provado que há muitos benefícios de acesso e comodidade”, diz Brandão. A startup já viabilizou 1,3 milhão de consultas.

A preocupação com a saúde mental virou uma oportunidade para empresas de outros ramos da saúde, como Gympass e Alice. O Gympass criou a plataforma Wellz. Rogerio Hirose, líder de novos negócios do Gympass, conta que a iniciativa busca atender uma demanda vinda das empresas que já eram parceiras do negócio de academias.

Desafios

Apesar da alta do mercado, especialistas afirmam que as startups precisam melhorar sua eficiência operacional. A Zenklub e a Alice precisaram rever estratégias e demitir um total de mais de 100 pessoas.

A Vittude também teve dificuldades financeiras, e assim só se encontrou quando conquistou clientes corporativos. Há sobretudo quem já projete uma onda de aquisições entre negócios que atuam no setor de saúde mental.