No momento, você está visualizando Para frear alta de combustíveis, Senado aprova mudança no ICMS
Votação do Senado foi importante para alterar cobrança sobre preço do combustível

Para frear alta de combustíveis, Senado aprova mudança no ICMS

Votação no senado que muda regra do ICMS foi feita na última quinta-feira

Para tentar reduzir o preço dos combustíveis, o Plenário do Senado aprovou nesta quinta-feira (10) projeto que altera a regra de incidência do Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias (ICMS); sobre os combustíveis (PLP 11/2020). Foram 68 votos a favor, 1 contrário e 1 abstenção. Agora a proposta, aprovada na forma do substitutivo apresentado pelo relator da matéria; senador Jean Paul Prates (PT-RN), retorna para nova votação na Câmara dos Deputados.

O texto aprovado no Senado estabelece cobrança monofásica (em uma única fase da cadeia de produção) de ICMS para uma série de combustíveis; e assim propõe que o imposto tenha uma alíquota única para cada produto em todo o país.

A proposta; que ao mesmo tempo dá prazo para estados mudarem o ICMS sobre combustíveis, integra um conjunto de propostas apresentadas pelos parlamentares na tentativa de frear os recorrentes aumentos nos valores dos combustíveis.

Na avaliação do relator, a medida é estruturante e vai portanto permitir que os estados implantem a monofasia sem perdas financeiras. Para ele, a mudança poderá facilitar a fiscalização tributária e assim reduzir a sonegação, com potencial de aumentar a arrecadação. Jean Paul acredita que, com o projeto, os combustíveis terão menos chance de sofrer por flutuações conjunturais.

ICMS fixo

Atualmente, o ICMS sobre combustíveis varia de estado para estado e é calculado em toda a cadeia de distribuição e sobre um preço médio na bomba. A ideia é que o tributo passe a ter um preço fixo; em reais, por litro de combustível, em vez de ser cobrado como uma porcentagem sobre o preço final do produto.

Conforme o projeto, a cobrança do imposto será na origem, ou seja, na refinaria ou na importação do combustível, e não mais em toda a cadeia de distribuição.

A proposta teve aprovação na quarta tentativa de votação em Plenário e logo após uma série de discussões promovidas pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, e o relator, Jean Paul Prates, com diversos setores. Em 2021, os combustíveis estiveram entre os principais responsáveis pelo alto índice de inflação, que então ficou em 10,06% (IPCA).

Fonte: Agência Senado