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Dinâmica dos resultados das eleições e discursos dos eleitos às presidências das duas casas, animaram parcialmente os analistas

Como o mercado viu os resultados das eleições da Câmara e Senado

Os resultados das eleições das duas casas animaram parcialmente os investidores

Os resultados das eleições ajudaram a definir como será a influência do governo, chefiado pelo petista Luiz Inácio Lula da Silva, no funcionamento do Legislativo.

Arthur Lira (Progressistas) foi eleito para a presidência da Câmara e Rodrigo Pacheco (PSD), para a do Senado. As vitórias dos dois já eram dadas como certas há algum tempo, mas, mesmo assim, investidores e especialistas estavam monitorando de perto as votações e, agora, interpretam que elas trouxeram um tom um pouco positivo para o mercado de capitais.

No Senado, Rogério Marinho (PL), que foi ministro do ex-presidente Jair Bolsonaro, conseguiu 32 votos, contra 49 de Pacheco. Com isso, é esperado que a governabilidade do PT, historicamente um partido que prega o expansionismo fiscal, fique enfraquecida.

Na Câmara dos Deputados, Arthur Lira não enfrentou muitas dificuldades para se sagrar presidente. Com 464 votos, o político, que é um articulador do Centrão e que também teve apoio do presidente Lula, teve uma votação recorde na casa.

Pacheco intercedeu pela a reforma tributária e pela responsabilidade fiscal

Ao mesmo tempo em que os resultados podem servir como uma barreira para medidas econômicas mais polêmicas, para os analistas, eles não deixam o governo petista engessado. Há força suficiente, por exemplo, para emplacar pautas importantes como o novo arcabouço fiscal, que substituirá o teto de gastos, e a Reforma Tributária.

A combinação dos resultados na Câmara e no Senado ajuda a diminuir, ao menos momentaneamente, o risco fiscal no Brasil.

Os discursos de Lira e de Pacheco também animaram parcialmente os investidores. Antes da votação, o presidente da Câmara dos Deputados afirmou que não terá uma relação de subordinação com o Executivo, mas que quer estabelecer um “pacto para aprimorar e avançar em políticas públicas”. Além disso, defendeu a independência do Banco Central, que vem sendo atacada pelo PT, e o Marco de Saneamento, que definiu como “avanços liberais”.

Já Pacheco intercedeu pela a reforma tributária e pela responsabilidade fiscal. “Temos de cobrar do Governo Federal o corte de despesas. Temos esse compromisso de permitir esse governo, com a cooperação do Congresso, possa não errar, independente da fiscalização”, pontuou.