Mato Grosso ultrapassou o Rio de Janeiro e alcançou o terceiro maior PIB (Produto Interno Bruto) per capita do Brasil e demonstra força do agronegócio. O estado saltou de 11º lugar para 3º. Mato Grosso do Sul também subiu da 8ª posição no ranking para a 5ª, segundo dados do IBGE.

O PIB per capita é calculado somando todas as riquezas de um determinado local divididas pelo número de habitantes.

Essas boas posições têm uma justificativa: a força do agronegócio. O PIB geral brasileiro divulgado esta semana pelo IBGE ficou em R$ 8,7 trilhões. Dados do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq USP, em parceria com a CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil), apontam que o agronegócio é responsável por quase 30% desse valor.

As pesquisas apontam que o agro bateu recordes sucessivos nos anos de 2020 e 2021. No entanto, é a primeira vez que Mato Grosso chega à terceira posição neste ranking. Desta vez, ficou atrás apenas do Distrito Federal e São Paulo.

Para se ter uma ideia, em 2010, Mato Grosso estava na 7º posição, atrás de Distrito Federal, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. O PIB per capita do Brasil, em 2020, foi R$ 35.935,74 e aumentou 2,2% ante 2019.

Na região Centro-Oeste, Mato Grosso foi o que mais avançou entre 2002 e 2020, saindo da 11ª para a terceira posição. Mato Grosso do Sul subiu do oitavo para o quinto lugar.

Geração de trabalho e o PIB do agronegócio

O bom desempenho é refletido, principalmente, no mercado de trabalho. Portanto, para suprir a demanda, muitos profissionais estão sendo contratados para trabalhar no setor, que sofreu diversas mudanças com o avanço da tecnologia.

Os dados de um dos maiores portais de recrutamento e seleção do país, apontam que o número de vagas criadas no setor cresceu 96,4% nos últimos quatro anos. Todavia, em 2019, eram 2.200 vagas e, em 2022, a oferta subiu para 4.321. O site está com 425 vagas abertas no setor.

Os cargos com mais oportunidades, de acordo com a empresa, são representante comercial (7%), motorista (4%) e operador de máquinas (3%).