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A desaceleração da economia brasileira em 2022 sugere um ritmo mais modesto de crescimento do PIB 2023. É o que avalia a Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda

Desaceleração do PIB sugere crescimento modesto em 2023

Ministério da Fazenda comentou alta de 2,9% do PIB e sugere crescimento 2023

A desaceleração da economia brasileira em 2022 sugere um ritmo mais modesto de crescimento do PIB 2023. É o que avalia a Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda, em nota divulgada após o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apresentar o resultado anual do Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país.

Nesta quinta-feira (2), o IBGE informou que o PIB recuou 0,2% no quarto trimestre de 2022. No ano, houve crescimento de 2,9%, contra 5%, em 2021.

“A desaceleração acentuada do ritmo de crescimento em 2022, com retração já observada no último trimestre, repercute, sobretudo, a reduzida liquidez no ambiente externo e o ciclo contracionista da política monetária [aumentos da taxa básica de juros, a Selic]”, diz a nota da SPE.

A secretaria diz ainda que o crescimento das exportações, repercutindo principalmente o aumento nos preços das commodities (produtos primários com cotação internacional), também colaborou positivamente.

Perspectiva

A expectativa é de recuperação da atividade econômica, impulsionada pela previsão do IBGE de crescimento de 14,7% para a produção de grãos em 2023.

Em contrapartida, a secretaria cita como fator negativo para o crescimento econômico, os juros básicos. Atualmente em 13,75% ao ano, o maior patamar desde janeiro de 2017.

“Como consequência das elevadas taxas de juros, observa-se trajetória ascendente para os spreads [diferença entre taxa de captação dos recursos pelos bancos e a cobrada dos clientes] e para o custo de crédito, além de desaceleração acentuada nas concessões de crédito”, destaca.

Para a SPE, o setor externo pode ser outro fator de desaceleração. Mas a depender do ritmo de arrefecimento da atividade global em função do ciclo de aperto monetário nas economias centrais. Assim com destaque para os Estados Unidos e países da Europa.

Nível da Selic

Integrantes do governo tem criticado o atual nível da taxa Selic, que dificulta o crescimento econômico. A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, reforçou esse discurso, ao dizer que o governo tem feito o seu “dever de casa”. Por isso, espera “um gesto positivo”, não de generosidade, na próxima reunião do Comitê de Polícia Monetária (Copom) do BC, responsável por definir a Selic.

Fonte: Agência Brasil