Governo italiano aderiu à “nova Rota da Seda” em 2019, mas planeja abandonar a iniciativa
A primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, disse que é possível manter boas relações com a China sem fazer parte do acordo “Belt and Road”. Termo que se refere ao cinturão e rota na tradução para o português. O governo italiano assinou o acordo com os chineses em 2019 e planeja abandonar a iniciativa do governo do país asiático. A declaração de Meloni foi publicada pelo jornal “Il Messaggero”. Ela afirmou que “ainda é cedo” para a antecipar o resultado da decisão da Itália de continuar ou não no acordo.
“Nossa avaliação é muito delicada e envolve muitos interesses”, disse Meloni. O acordo entre Itália e China é válido até março de 2024 e irá se renovar automaticamente. No entanto, caso um dos lados manifeste o interesse em sair, é necessário sinalizar com 3 meses de antecedência. Em maio de 2023, um alto funcionário do governo italiano disse que é “altamente improvável” que a Itália renove o acordo do Cinturão e Rota.
Atualmente, 147 países integram a lista de adesão, incluindo vizinhos do Brasil, como Argentina e Chile
O projeto “Belt and Road” é conhecido como a nova Rota da Seda. O lançamento ocorreu, no entanto, em 2013 pelo presidente da China, Xi Jinping. Desse modo, envolve iniciativas de desenvolvimento e investimentos em infraestrutura em mais de 100 países.
Aliás, a iniciativa chinesa visa formar uma imensa rede de infraestrutura global, principalmente no setor de transportes, com o objetivo de escoar melhor a produção mundial. Os principais modais para a conexão entre os continentes são rodovias, ferrovias e portos. Atualmente, 147 países integram a lista de adesão, incluindo vizinhos do Brasil, como Argentina e Chile. Inicialmente, países do Leste Europeu e da antiga União Soviética faziam parte do projeto.